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Lets see if I´m funny (or) acho que está a fazer falta rir

Posted by AJOG on 16:46
DIZ O LOBO MAU À CAPUCHINHO VERMELHO
- VOU-TE COMER UMA COISA QUE NUNCA NINGUÉM TE COMEU!
DIZ A CAPUCHINHO VERMELHO AO LOBO MAU
- OH! SÓ SE FOR O CESTO!!!!



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Aldónio, Darwin e IKEA (ou) o Regresso à Puberdade Bloguística

Posted by fractalview on 12:25
Começa este vosso escriba por apresentar as mais sinceras desculpas: não é de bom tom privar-vos durante tantos meses de uma escrita brilhante, apenas superada pela pena desse ícone do comentário desportivo, Rui Santos. Mas, sem mais delongas, aqui vai...


Está o jovem Aldónio onde o deixamos no último capítulo desta saga: em seu quarto, rodeado dos seus parcos haveres e de alguns livros encontrados numa arca pertencente a Ti Chico Larilas (soubesse Aldónio que ele próprio era fruto da fogosidade de Ti), deitado em sua cama ASPELUND do IKEA, montada por um tal de Q. (que havia fundado uma empresa de decoração, corte e costura e camisas aos quadrados) fitando o seu confidente de todas as horas, o tecto. Pegando num dos volumes poeirentos que deixara na mesinha de cabeceira ANEBODA, Aldónio sentiu que estava na altura de mergulhar fundo no imaginário do autor, um tal de Darwin, que se apresentava na capa com uma fotografia à-la-minuta que muito surpreendeu o nosso petiz.


"As relações geológicas que existem entre a fauna actual e a fauna extinta da América meridional, assim como certos factos relativos à distribuição dos seres organizados que povoam este continente, impressionaram-me profundamente aquando da minha viagem a bordo do navio Beagle 4 na qualidade de naturalista.
Estes factos, como se verá nos capítulos subsequentes deste volume, parecem lançar alguma luz sobre a origem das espécies - mistério dos mistérios - para empregar a expressão de um dos maiores filósofos.(...).


Aldónio sentia o vento nos cabelos, enquanto se sentava num dos rochedos das Galápagos. Não se lembrava de como havia ido parar a terra tão distante, mas sentia que algo despertava nele. Seria a mesma curiosidade que o seu companheiro de viagem, Darwin, sentia pela fauna local? Estranhava a quantidade de bichos desconhecidos que povoava a pequena ilhota, mas sempre se foi lembrando que na sua terra natal também havia um espécime que nunca tiha visto mas que fazia um estranho ruído ofegante, entrecortado por gemidos. Intrigava-o o facto de o dito animal só cantar quando sua mãe, Dotília, dizia que ia à venda, por lá ficava longas horas e depois voltava sem qualquer compra. Dizia ela, ruborizada, "É que encontrei Ti Chico Larilas no caminho e perdi-me a falar com ele."

Darwin aproximava-se, como um mestre que se prepara para falar a seu pupilo.

- Sabes, Aldónio, há já uns tempos que andava para falar contigo. Noto que andas agitado, que já tens um pequeno buço e que a tua voz mudou de gritinho de periquito para ronco de leão marinho. Isso são fases na idade de um jovem que indicam...

- Ó Ti Darwin, eu não sei onde isto vai, mas se é por causa daquele episódio em que eu espreitei pela escotilha dos seus aposentos e o vi a olhar para uma revista com animais que pareciam humanos, mas com peitos mais desenvolvidos, enquanto movimentava a mão de maneira estranha, não se preocupe. Eu posso ser saloio, mas sei muito bem que isso é um método científico muito em voga!

- Sim..pois, Aldónio. Mas não, não é isso, embora essa revista me tenha deixado saudades quando se acabou o papel de jornal nas latrinas. A questão é esta, Aldónio. Tu...tu sabes como vieste ao mundo?Tu conheces os...bem...os factos da vida?

Desconfiado, Aldónio reflectiu por um momento. Seria aquilo um teste para ver se o seu grau de cultura lhe permitia ser assistente de Darwin? Hum, era isso, sim. Mas como se havia de safar desta? Não fazia a mínima ideia da resposta, até porque sempre que perguntara à mãe Dotília como tinha aparecido neste Mundo, ela ria-se e dizia-lhe "Vai perguntar ao Ti Chico, que ele percebe mais disto do que eu!". Tinha que dar a volta à situação. Lembrou-se do passeio da escola, na 2a classe, em que tinha ido ao Jardim Zoológico de Nenhures. Lembrava-se de ter visto os macacos e..agora que pensava nisto, um deles estava a fazer o mesmo movimento com as mãos que vira Darwin fazer quando olhava para a revista. Decidiu. Este era o caminho.

- Ó Ti Darwin, atão não sei!?! Isto é assim: era uma vez um macaco. Esse macaco era muito esperto e lia tudo o que era revista científica. Um dia, encontrou um macaco maior, que lia ainda mais revistas científicas e ainda por cima era assinante da "Time". Pegaram-se à bulha e o grande ganhou. No dia seguinte, esse macaco foi à Fnac e viu outro macaco, a fumar cachimbo, com uma pilha de revistas científicas ao lado, segurando a "Time" numa mão e a "Maria" noutra mão. Além disso, via-se que este macaco fazia Pilates. Obviamente, esse macaco deu-lhe uma sova de criar bicho. E sempre assim até que a coisa deu nisto. Deve ter havido um avô macaco, que fez o meu pai macaco e que me fez a mim, visto que eu também me interesso muito por ciência, tenho aquela "Time" em que aparece o Obama e leio sempre o "Consultório Íntimo" da Maria. Além disso, ando a aprender a fazer aquilo com a mão.

Darwin estava estupefacto. Nunca tinha pensado nisto nestes termos, mas aquele pobre campónio, a quem ainda há pouco tentava dar umas noções básicas de biologia, genealogia e família, tinha-lhe dado a resposta a uma série de questões que há muito punha a si próprio.

"Não é tarde, nem é cedo, pá. Vou já escrever isto antes que me esqueça. Sempre quero ver como é que aquela gente de Londres vai refutar isto", pensou o biólogo.

Aldónio acorda, arfante, suado. Teria sido mais um sonho? Obviamente, mas ia ter que ir ao Dr. Rodrigues para ele lhe dar um chá de ervas, que isto já andava a acontecer vezes a mais. De repente, tomou consciência. Doía-lhe uma das mãos, como se tivesse andado a arrancar ervas uma tarde inteira. O seu pijama estava coberto de uma substância viscosa, assim como o livro que se abria, esquecido, ao seu lado. "Esta rinite alérgica", pensou Aldónio. "Já cobri o livro de ranho, e isto tudo enquanto dormia. Agora é que é. Vou ao Dr. Rodrigues e já agora peço-lhe um anti-alérgico. Pode ser que ele goste deste livro, por isso, limpo-o bem limpinho e ofereço-lho a ver se ele não me cobra a consulta".


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'Final da Taça da Liga' de 'vencebol' (e) O futebol vai acabar em breve (e já agora) 'surripiar' existe mesmo

Posted by SomNaCaixa on 14:55 in , , , , ,
Aqui no blog escreve-se bastante sobre comida e comer, sobre o deleite de uma boa refeição e a sensação de felicidade que se apodera de um ser humano após uma alheira de Mirandela e batata cozida regada com azeite (é claro!). É tão importante este sentimento de puro júbilo, que seria um crime surripiar (nova palavra da semana [por várias razões]) ao glutão esse momento de nirvana.

E é precisamente por falar em roubar que decidi hoje escrever aqui no blog, para partilhar a minha opinião com todos vocês (os três, partindo do princípio de que o Fractalview e o AJOG ainda visitam o blog...) sobre futebol.

Eu próprio, após um belo dia primaveril de Domingo e me ter regalado com uma caldeirada de peixe preparada pela pessoa que eu conheço que mais sabe de cozinha (…), cheguei a uma conclusão que causou a minha “serenidade perpétua” (qual budista) em relação ao futebol, após aquilo a que chamaram “Final da Taça da Liga” e confundiram isso com um jogo de futebol.

Sim, porque eu até gostava deste desporto, na altura em que jogadores também se interessavam em jogar futebol. Entendo jogar futebol por fazer bons passes, protagonizar fintas (algumas de encher o olho), usar estratégia geométrica, defender bem, rematar à baliza, etc.

Não sofro de qualquer delírio clubístico, pois gosto do desporto tal qual ele é, vejo-o por aquilo que sempre o caracterizou, como também pela beleza que pode revelar e não pela cor que o representa. Tendo dito isto, compreendo que é um jogo, portanto, obviamente susceptível a emoções, e também sei que é como que uma terapia psicológica para quem o usa recorrentemente, especialmente quando muito singelamente se menciona determinadas funções biológicas do corpo humano e os respectivos órgãos utilizados em tais execuções, e a tão vociferada presença materna em recintos de futebol.

Contudo, hoje em dia já não se assiste a jogos de futebol, mas sim a autênticas batalhas campais, em que por acaso, de vez em quando, se dá um chuto numa bola. É inquietante a falta de qualidade que estes profissionais empregam no seu desempenho apenas para vencer um jogo.

O jogadores não percebem que serão sempre criticados quer ganhem quer percam os jogos e sabem porquê? Porque já não jogam futebol! Jogam “vencebol” (se me permitem o neologismo [tão mal conseguido])! E estão a jogar este novo desporto (“vencebol”) porque é governado, ditado, dirigido, treinado e praticado por dinheiro. Só assim é que grande maioria das equipas hoje em dia aceita jogar em estádios com algumas centenas de adeptos a assistir. Desde que caia o subsidiozinho das televisões, os adeptos ficam para segundo plano. O dinheiro está a matar este desporto com os seus defeitos, e é pena alguém não se aproveitar das suas virtudes, que também as tem, embora não sejam tão rentáveis financeiramente.

Hoje em dia qualquer um de nós consegue enumerar todas as equipas que jogaram bem “futebol” (na minha acepção da palavra) na última década. Isto prende-se com o facto de só haver quatro ou cinco equipas dignas de ser recordadas!

Em “vencebol” fala-se tanto dos árbitros e de arbitragens porque não há "futebol" de que se falar. Dirigentes, árbitros e comentadores de “vencebol” é que são os grandes protagonistas deste desporto, onde os jogadores são relegados a meros peões neste jogo imundo, feio e podre.

Confesso a minha mais profunda desilusão para com este desporto que a continuar assim tem os seus dias contados, o que é pena, porque bem jogado é bem bonito de se apreciar, tal como um bacalhau com natas tostadinho na perfeição.

Afinal, é o que nos vale…






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novo aspecto

Posted by AJOG on 14:52
GOSTAINDES DO BLOG ASSIM???????

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Sendo Domingo, A receita da semana (é / foi) PEIXE ESPIRITUAL

Posted by SomNaCaixa on 14:32
Este fim de semana tive o intenso privilégio de saborear esta maravilha da gastronomia portuguesa (Peixe Espiritual), preparado pela pessoa que eu conheço que mais sabe de cozinha (e tanto que sabe). É interessante verificar que cozinhar é ter sensibilidade para perceber as qualidades individuais dos ingredientes e ter a competência de adaptar a receita às especificidades de cada alimento e à sua aglomeração no conjunto do preparado. Para mim, isto é inconcebivelmente intricado, e, se me permitem, “somnacaixamente” impossível.

Cozinhar não é seguir um vão seguimento de uma receita. É, sim, praticar uma tão profunda e notável qualidade de amor.


INGREDIENTES
4 carcaças (pão)
5 dl de leite
700g de peixe cozido, limpo e lascado (robalo, dourada e pescada)
2 cenouras grandes
2 cebolas
4 dentes de alho
1 dl de azeite
2 dl de natas
100g queijo ralado
Azeitonas, sal e molho picante q.b.

PREPARAÇÃO
Corte o pão em pedaços e regue-os com o leite. Corte o peixe em pedaços pequenos e reserve. Descasque as cenouras e rale-as. Descasque também as cebolas, pique-as e refogue-as em azeite. Envolva-lhes as cenouras e tempere com sal e molho picante. Misture ainda o peixe e cozinhe por alguns minutos. Acrescente-lhes agora o pão, misture bem e por fim, incorpore-lhes as natas. Rectifique os temperos e transfira para um tabuleiro. Acrescente o queijo ralado. Leve ao forno por cerca de 15 minutos, a 200º C. Adicione uns pozinhos de amor pela boa cozinha. Decore com azeitonas e sirva.





Bom proveito.

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