Da busca do sentido mais profundo da vida à análise antroplógica do espécime humano. Da procura da costelinha assada perfeita à degustação de crepes com gelado de caramelo e topping de chocolate. Ecléticos?Nãã...
Dado o estado actual desastroso do status quo na nossa sociedade, em que os seus indivíduos assistem indiferentes à desagregação total do país onde vive, confiando a essa cáfila de políticos o futuro do nosso país, e apaticamente prosseguir numa vida diária de sobrevivência humilhante baseada numa crise perpetuamente instalada, venho por este meio declarar que basta!
Não mais deverá o povo permitir ser gerido por sujeitos fechados em escritórios remotos da cidade, distantes e desajustados do cidadão verdadeiro no seu âmago e humilde no seu trato, naturalmente alegre mas que a vida na sua pátria o leva ao desalento e angústia.
E como eu gosto mais de liderar por exemplo do que por palavras, o primeiro golpe no estado indolente da situação miserável em que a sociedade se encontra, declaro revolução neste nosso blog exânime insurgindo-me contra o marasmo dos seus fundadores, autonomeando-me Presidente do PDQC, e é em tal qualidade que venho por este meio nomear o meu Vice-Presidente e novo líder da JPDQC, Will.
Agora que as férias terminaram e o mundo está normalmente a voltar ao seu quotidiano, também eu decidi voltar ao meu e isso significa (também) escrever para o nosso querido PDQC. Sim, escrevo “nosso” e (ainda) não escrevo “meu”, mas tendo em conta o historial mais recente poderei considerar uma candidatura a presidente do partido. Contudo, para tal terei de me informar acerca da titularidade da presidência do PDQC neste preciso momento. Alguém sabe?
O verão foi rico em oportunidades gastronómicas, ricas em gorduras saturadas, corantes e conservantes e álcool a mais. E é precisamente álcool a mais que me apetece emborcar com a mais recente confirmação para seleccionador de Portugal. Não obstante, eu tenho uma teoria.
Os tempos políticos em Portugal na última década têm sido muito conturbados. Portugal está sempre com falta de dinheiro, agentes económicos corruptos sugam tudo e todos em Portugal e políticos incompetentes e/ou desonestos simplesmente não sabem o que fazer para tirar Portugal do poço em que se encontra.
Para distrair o povo, o governo adoptou uma estratégia de rara inteligência na classe política portuguesa que consiste em causar turbulência social no único aspecto em que os portugueses levam realmente a sério (o futebol) ao escolher seleccionadores nacionais condenados à partida ao fracasso ou com aptidão natural para o burlesco. E tem sido uma estratégia de sucesso.
Sendo que, infelizmente para mim que sou grande fã da nossa selecção nacional (embora não pareça muito considerando os meus últimos posts), tendo em conta os mais recentes desenvolvimentos da selecção, temo que os nossos jogadores e acompanhantes da selecção não vão ter o prazer de se deleitarem com a Perohy ou Pechenya Ucraniana regados com пиво ou вино ou então com Czernina Polaca seguida de um delicioso Kotlet Schabowy acompanhado de um fresquinho Miód Pitny.
O frango estava assado na sua cor “enchurrascada” perfeita, acompanhado de batatas fritas douradas, servido com um vinho branco verde que tão fresco que estava que estalava ao cair no copo, enevoando-o.
O jogo prometia ser intenso, porque nem Portugal nem a Espanha estariam dispostas a levantar mão de uma vitória em tão importante competição. O orgulho comanda as decisões que intencionavam levar o seu oponente de vencido.
A refeição, embora de simples confecção (e resultado de uma transição comercial de bens e serviços), estava gloriosamente sápida (palavra da semana) e todas as pessoas presentes reforçavam o seu apoio pela selecção com mais uma coxa no seu prato e mais um copo para empurrar o frango.
Embora muito crítico do seleccionador, eu sou um dos maiores apoiantes da nossa selecção e prova disso é a enorme bandeira que eu parolamente ainda coloco na varanda da minha casa aquando destas competições internacionais em que Portugal participa.
Nas minhas refeições, não sei porquê, tenho o hábito de deixar a salada para o final, talvez seja uma forma refrescante de terminar o repasto. Quiçá…
Mas daquela vez, naquele preciso momento, já após o jogo ter terminado e a nossa equipa ter sucumbido ao fabuloso futebol praticado pela selecção espanhola, verifiquei algo de diferente na minha salada. Tinha bom aspecto, parecia ter tudo para ser um excelente remate à minha refeição, mas havia algo de estranho no seu paladar, um sabor desenxabido, insípido até.
Após detalhada análise, compreendi o porquê da salada estar tão insossa: FALTAM TOMATES!
Eu gosto de tomates na minha salada, mas esta salada, por muito boa aparência que tenha, sem tomates limitar-se-á a simplesmente atingir os objectivos mínimos ou a comodamente aparentar que se fez aquilo que nunca se chegou nem próximo de fazer: uma excelente salada.
Isto de confecção de saladas dá que fazer e pensar…
Esta é uma história da Maria Tacha Que nunca (mas nunca) gostou de bolacha Mas eis que um dia de cabeça baixa A Maria Tacha queria bolacha
“Mas, Ó Maria! Isto não encaixa... Tu nunca gostaste de comer bolacha!” Responde a Maria “E o que acha? Eu sei que não gosto; parece borracha!”
“Só porque outros gostam, Ó minha Tacha!, Não faz com que tudo se desatarraxa!” “Tu nunca quiseste comer a bolacha, Por que é que insistes, ó Maria Tacha?”
Ao longo dos anos tenho vindo a desiludir-me sobremodo com o futebol, uma vez que se põe demasiada importância em vencer e não em se valorizar a forma como a vitória é atingida (Cf. vencebol). E tenho perdido o respeito pelo futebol.
Perco respeito porque acho difícil alguém considerar-se realmente vencedor do que quer que seja sabendo essa pessoa (ou conjunto de pessoas) que na verdade não o é.
Perco respeito por este desporto sempre que vejo um jogador lançar-se para o chão na tentativa de ludibriar quem fosse necessário para a obtenção de uma qualquer vantagem.
Perco respeito pelo futebol matreiro, mal jogado, ultra defensivo e calculista que me faz adormecer, mudar de canal ou me arrepender sobremaneira de ter comprado um bilhete.
Perco respeito pelos agentes desportivos que sentem a necessidade de ser mais mediáticos e interveniente do que aqueles que deviam sê-lo realmente - os jogadores.
E perco especialmente respeito por aqueles que consideram os adeptos do futebol acessórios ao "espectáculo do futebol", no sentido em que estes só servem para financiar toda aquela máquina financeira, e não são de todo aqueles que realmente interessam em tudo o que é vital neste fenómeno desportivo.
Daí que (infelizmente para mim) a selecção nacional é o único clube que me resta apoiar, e é aquela por quem eu ainda admito algum sentimento irracional. E ultimamente tenho tido um pressentimento, tal como tem tido o seleccionador nacional Carlos Queiroz.
Por causa deste presságio que me tem assoberbado a mente decidi traduzir aquela que é a música que vai acompanhar a nossa selecção ao Campeonato do Mundo de Futebol "I gotta feeling" dos Black-Eyed Peas (de qualidade lírica muito, muito discutível, diga-se de passagem):
Eu também tenho um pressentimento, e esse pressentimento diz-me que esta selecção vai ter um Mundial de Futebol muito parecido com a selecção portuguesa do Mundial de Futebol de 2002 na Koreia/Japão. E todos sabemos o que foi comido nesse mundial e quem foi degustado.
P.S. Nunca pensei vir a colocar uma frase na sequência gramatical e semântica que estou prestes a fazer, mas... apetece... dizer... "Estás perdoado, Scolari!"
Ai, esta doeu mesmo. Vou ter de fazer um electrocardiograma para ver se há danos permanentes.
Venho por este meio partilhar convosco imagens chocantes vindas de França que não só devem merecer o nosso repúdio, como também agitar a nossa mais veemente repulsa perante actos abjectos que devem ser equiparados a crimes contra a humanidade. Falo-vos de uma pobre alma que teve a indecência de atentar contra os bons costumes gastronómicos que o nosso partido tanto advoga e teve êxito no seu propósito de conseguir comer gratuitamente (DE BORLA!!!) no terreno do nosso maior inimigo político!
Venho por este meio oficializar a convocatória para mais um comício partidário, agora que o PDQC parece ter ganho definitivamente o ônus (não o ân...) da responsabilidade GarciaPereiriana de "andar por aqui permanentemente, mesmo se só aparecemos de tempos a tempos". A dita reunião gastronómica terá lugar no próximo Sábado, nas premissas habitacionais deste verdadeiramente vosso (isto ficava bem em Inglês, mas agora que posei nú para a Playboy, tiraram-me a licença para ensinar e escrever nessa língua), pela 20h00 em Portugal Continental, 22h00 em Chisinau, capital da Moldávia. A agenda (gastronómica) permanecerá secreta, até porque correm o risco de comer todos atum!
Finalmente, apresento antecipadamente as minhas desculpas, dado que a minha performance em tal evento não poderá estar à altura dos restantes camaradas. De facto, e sem grandes palavras, digamos que as últimas semanas me ensinaram que afinal há uma excepção a um dos Estatutos mais importantes do Partido - "Comerás, comerás sempre, mesmo que o último bocado não te pertença". Essa excepção, abaixo ilustrada, chama-se, em Odontologia, "extracção do germe dental", vulgo "dente do siso".
P.S. Façam uma pausa de alguns segundos...
Pensem nos piores palavrões com que a Língua Portuguesa nos presenteou como forma de expressarmos dores excruciantes...
Já está. Esses foram ditos por mim durante a redacção deste texto e durante os últimos dias.
Avé SomNACaixa...Ressuscitador de vontades e blogs amorfos....
Realmente com a idade os gostos musicais, como os gostos gastronómicos, vão se apurando e vamos descobrindo que muitas receitas de fama e gosto superior são reinvenções de outras , de gosto sofrível , pelo menos discutível....
Na música como o excelso membro do PDQC, referiu essa moçoila de atributos físicos ..., á falta de melhor, a rapariga é BEM BOA...produz músicas que podem ser comparados a um vinho verde muito novo, até provoca azia, mas há algo que ...
Contudo, muitos enólogos, conseguem refinar um vinho de qualidade menor e apurá-lo a outros níveis. Como tal vou apresentar o facto de esta música da Rhiana
ter sido transformado por um mestre da música e torná-la , a música, gostosa, com sabores bons e com vontade de repetir
É verdade que se consegue perder uma quantidade desaconselhavelmente longa de tempo no site YouTube, pois tal é a diversidade de conteúdos que se nos apresenta e que, sendo o ser humano o animal curioso que é, nos sentimos incapazes de não ceder e ver só mais um vídeo (quando não estamos a (também) perder o nosso tempo a escrever legendas parolas no BombayTV...)
Desta forma, e para infelizmente justificar a minha manhã de sábado perdida (quero dizer, passada) nos meandros de toda aquela profusão de material audiovisual, venho por este meio desvendar o meu mais recente achado.
Com a passagem do tempo os meus gostos musicais, já de si razoavelmente diversificados, têm vindo a apurar-se (digo eu), o que significa que eu tenho uma noção (própria, é claro) daquilo que é musica boa (há quem use o termo "música de qualidade", termo que eu detesto particularmente), e música má (designação que é tão subjectiva, quanto impossível de definir).
Um exemplo preciso do que me estou a referir é a música "Umbrella" da cantora Rihanna, música que, confesso, nunca ouvi na sua totalidade por a considerar absolutamente desinteressante, para não falar em chata, entediante, enfadonha (bem, não me apetece procurar mais sinónimos de aborrecida).
Eis que, no entanto, encontrei isto nesta minha investida matinal de "pesquisa":
e, para meu espanto, subitamente me senti inesperadamente divertido, a bater o pé ao ritmo desta música outrora tão profundamente sofrível, e quase ouvi a música até ao fim! Tudo isto porque foi o nome da banda que me atraíu: "The Baseballs" (nome quase tão mau quanto o tema que estavam a cantar).
Não obstante, por muito divertidos que estes "The Baseballs" parecem ser, e possivelmente talentosos (quiçá), parecia-me impossível eles conseguirem "dar a volta" a um dos piores conjunto de notas que alguma vez uma pessoa tenha agrupado e tentado denominar de "música". Sim, estou a falar de "Pokerface" de uma chamada "Lady" que ouvindo só apetece "Gaga"(r)...
Poderá, porventura, ocorrer uma pergunta ao leitor (sim, porque não me parece que mais do que uma pessoa venha a ler estas linhas, o que me entristece, porque sinto que estou a perder tanto tempo a escrever este texto pateta, quanto estive hoje de manhã a pastar no YouTube): "Em que é que está este post relacionado com o blog do PDQC e com comida?"
"Ai, porque o outro Papa era mais fofinho...", diz a maioria. "Ai, porque este é Alemão e já foi nazi", dizem outros. "Ai, porque este tem olhos de drogado", dizem outros, como se o consumo de substâncias narcóticas que não o Alprazolam ou Diazepam fosse pecado.
Eu tenho para mim que o homem não é o que dizem. De facto, não é o meu Papa ideal (porque esse, apesar da fixação pelas brasileiras, todos sabemos qual é...), mas não pelas razões apontadas pela populaça. Indo directo ao assunto, eu não gosto do homem pelo seguinte:
"Os preparativos para acolher a comitiva já estão em curso e, até agora, não surgiu do Vaticano qualquer pedido especial', nem relacionado com o alojamento, nem com a alimentação. "Parece-nos que serão pessoas muito simples e que o Papa é o primeiro a não estar interessado em nada em especial'*, explicou o reitor do Santuário, acrescentando que Bento XVI 'é muito frugal na alimentação e não exige cuidados alguns'."
*Nota: um microfone banhado a ouro não é nada de especial.
Ora, um Papa quer-se gordinho, rechonchudinho e bem alimentado, que isto do canibalismo do corpo e do sangue ou do pão e do vinho não enche barriga. Mas não percamos a esperança! Isto porque, não havendo a mais remota possibilidade de Ratz alguma vez pertencer ao PDQC, poderá vir a filiar-se na ala alcoólica do Partido, a julgar pela continuação do artigo:
'É muito moderado na comida e na bebida, mas dizem que aprecia um vinho do Porto'.
Bem, parece que há quem nos queira retirar do doce remanso que é o estertor da morte "blóguica". Assim sendo, partilho convosco a minha mais recente assombração...Com o Além não se brinca, especialmente quando vem aí o Bento.
Sendo eu o aparentemente exclusivo membro activo do PDQC, e cabendo-me a mim a fortuna e a responsabilidade de manter o nosso querido PDQC vivo, também me parece que sou o único quem no fundo pensa sobre comida, aquele que realmente respeita o repasto pelo que é, pela sua sublime simplicidade, pelo seu profundo prazer. E não, não sou "aquele que te (comida)quer bem", nem "aquele que te (comida) quer e mais ninguém". De facto, maior prazer de partilhar uma refeição com colegas comensais, embora ainda havendo alguns, não sei se realmente há muitos mais.
Portanto, seria eu a pessoa ideal a quem o ALENTEJO DAS GASTRONOMIAS MEDITERRÂNICAS interessaria sobremaneira, especialmente sendo eu - por que não dizê-lo - o derradeiro consórcio deste nosso mui nobre e esculento blog. Certamente que estaria interessado na conferência internacional sobre gastronomia mediterrânica, no espaço de vinhos do Alentejo, na cozinha com degustação, e showcooking (o que quer que isso seja), mas estaria especialmente interessado na Semana das Comidas de Azeite...
Mas não posso, porque sou um gastrónomo incurável, tal como no amor, perdido por quem amo!
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