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"Disse delicadamente ao missionário da cozinha..."
Posted by Q.
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17:43
Já vai sendo tempo de estas mãos mais uma vez criarem uma analogia que nos lembre que o acto de comer está presente na nossa vida, em tudo aquilo que fazemos, em tudo aquilo que somos.
Convenhamos que a primeira semelhança é evidente de tão despercebida que passa. A mão abraça a caneta e as palavras surgem , não da mão, não da caneta, mas de todo o corpo que se debruça sobre a mão que abraça a caneta. De nós saiem palavras que, se tivermos sorte e as circunstâncias o permitirem, sempre se procuraram e encontraram em nós e na mão que abraça a caneta e no corpo que sobre ela se debruça destino final para seu reencontro.
A mão aperta a faca, a mão toma para si o garfo com o impeto que todo um corpo em frémito impele. Perante si, o repasto. Também aqui o destino juntou, se o cozinheiro for bom e as circunstâncias o permitirem, todas as partes de um todo que é tão mais que a soma de todas as suas partes. A mão aperta a faca e toma para si o garfo que leva até seu destino final o reencontro ansiado de comensal e repasto.
E num jogo de repetições, encontros e desencontros, também nós às vezes juntamos palavras que sempre se pertenceram e sabores desconhecidos que sempre se esperaram...
Convenhamos que a primeira semelhança é evidente de tão despercebida que passa. A mão abraça a caneta e as palavras surgem , não da mão, não da caneta, mas de todo o corpo que se debruça sobre a mão que abraça a caneta. De nós saiem palavras que, se tivermos sorte e as circunstâncias o permitirem, sempre se procuraram e encontraram em nós e na mão que abraça a caneta e no corpo que sobre ela se debruça destino final para seu reencontro.
A mão aperta a faca, a mão toma para si o garfo com o impeto que todo um corpo em frémito impele. Perante si, o repasto. Também aqui o destino juntou, se o cozinheiro for bom e as circunstâncias o permitirem, todas as partes de um todo que é tão mais que a soma de todas as suas partes. A mão aperta a faca e toma para si o garfo que leva até seu destino final o reencontro ansiado de comensal e repasto.
E num jogo de repetições, encontros e desencontros, também nós às vezes juntamos palavras que sempre se pertenceram e sabores desconhecidos que sempre se esperaram...