"Chips McCain" vs "Chocolate Mousse Obama" (ou) God Bless America (and if possible the rest of the world as well)

Pre-Reading: o facto deste texto, e logo com este tema, ser escrito pela facção xiita do PDQC não deve (de) ser levado como algo pessoal - alguém tinha que o fazer.Com o AJOG a chafurdar numa banheira de fondue de chocolate e o Q. a tentar fritar 80 rissóis em 10 minutos, com o seu recém-adquirido gás - um bem-haja à corrupção na construção civil - coube-me a árdua tarefa de o fazer. Por isso, prometo desde já refrear os meus ímpetos comuno-intelectualóides, privilegiando a abordagem PDQCiana: a gastronómica.

Assim, entre bandeirinhas às riscas com estrelinhas brancas, fogo de artifício de vitórias antecipadas e um sentimento geral de que a campanha para as eleições presidenciais já dura desde que o Bushy Jr. ganhou por engano, lá chega o tão aguardado dia. Como é óbvio, o nosso blog tem uma vasta equipa de reportagem no local, que descobriu a conspiração por baixo da conspiração que conspirava com os restantes conspiradores daquela rede conspiratória: meus amigos, o PDQC descobriu que as eleições americanas não são uma batalha política ou presidencial, mas sim de uma batalha gastronómica! Um luta entre Junk Food e Junk Drink, para ver qual dos candidatos consegue criar mais cidadãos HomerSimpsonianos durante o próximo mandato!

Senão veja-se: o nosso primeiro enviado especial, Zeca Muamba Quizomba da Cachupa e Silva, sagaz repórter e muito batido nestas andanças, fez uma viagem relâmpago às origens do Senador Obama. Isto foi o que descobriu:

"Em 2004, uma cervejaria do Leste Africano (a Breweries Limited) lançou uma cerveja apelidada de 'Obama', justamente quando o candidato ganhava destaque por ter sido eleito senador do Illinois. Barata, a cerveja logo caiu no gosto do pessoal do Quénia, terra natal do pai do democrata.A 'Obama cerveja', como é chamada, tem cor avermelhada, rótulo dourado, alto teor alcóolico e é servida em grandes canecas. Os bebedores da 'Obama' são pessoas de baixíssimas posses que não podem pagar US$ 3 pelas marcas mais badaladas. No Quénia, é comum o fabrico de cerveja caseira, com ingredientes fortíssimos que já causaram mortes e internações. A 'Obama' surgiu como alternativa para evitar esses problemas e rapidamente teve sucesso. Com as eleições americanas, o nome de Barack em evidência e a eterna sede dos quenianos, os representantes da cervejaria comemoram o aumento das vendas.Enfim, a 'Obama cerveja' é barata, não mata e ainda deixa a vida dos sofridos quenianos um pouco menos dolorosa. Resta saber se Obama vencerá nas urnas para promover um brinde e tentar curar a ressaca da crise económica que assola os EUA."

Sem mais delongas, é óbvio que "YES, WE CAN". We can trazer a "Obama Cerveja" para os States e convencer esta gente a bebê-la: desde que seja barata, muita, e dê uma piela rápida, qualquer uma serve.

Já o nosso segundo enviado, não tão especial, descobriu que McCain não é só nome de senhor velhote e simpático que gostava de ter uma AK47 ou Kalashnikov como ursinho de peluche, para se confortar, à noite. E aqui vai o que Doc Jack Texas Maverick de Sousa conseguiu apurar algures em Simpletonville, fruto da entrevista com um popular que se encontrava com um lençol na cabeça a tentar fazer uma fogueirinha para aquecer uma casa de senhores afro-americanos:

"Um presidente não pode deixar sua população com fome. Mas mais importante que prover comida, é prover comida gostosa. Sim, junk food.
E não é que a principal fornecedora de batata frita do mundo se chama justamente… McCain?! Que eu saiba, não existe nenhuma batata chamada Obama.
E se não bastasse as batatas do McCain serem óptimas, a linha ainda conta com batatas noisette e o melhor: batatas smile!
Nada se compara a entupir as artérias com um sorriso no rosto e outro sorriso na batata. A junk food mais simpática e malfazeja que existe.
McCain, nas batatas o meu voto é seu."

Nada mais óbvio: a estratégia de McCain é clara e directa - dizer aos americanos "I'm not President Bush!", acrescentando: "eu sou o McCain. O das batatas fritas. E digam-me lá que não preferiam um pratinho delas, com ketchup, ao lado de um hamburger feito pela empresa do meu primo de Dublin, a McDonald's, àquela cachupa desenxabida do Obama?"

Agora, meus caros, é esperar. Esperar, verbo que dá origem ao nome "Esperança" e ao adjectivo "Esperançoso". E é neste registo melodramático e lamechas que terminamos, esperançosamente esperando que um dia, este mundo seja um lugar melhor: um lugar onde batata frita, cerveja preta que afinal é avermelhada e cachupa convivam alegremente à mesma mesa. E se por lá aparecer um whisky no final da refeição, fear not: é o nosso Bushy Jr. que perdeu a garrafa pelo caminho...